Itabapoana
       pedra pássaro poema
era uma vez um mangue
e por onde andará Macunaíma? 
na sua carne 
no seu sangue
 na medula no seu osso 
será que ainda existe
 algum vestígio de Macunaíma
 na veia do seu pescoço?
 tá no canto das sereias
tá no rabo da arraia 
nos becos nas favelas
na 
teoria dos mistérios
 dos impérios dos passados
 nas covas dos cemitérios 
desse
brasil desossado? 
macunaíma
não me engana 
bebeu
água do paraíba 
nos
porões dos satanazes 
está nos
corpos incinerados
 na usina de cambaíba
em campos dos goytacazes
 macunaíma não me
engana
 está nas carcaças desovadas 
na praia de manguinhos
em são   francisco do Itabapoana
macunaíma não me engana
viveu na contra mão
foi assassinado na chacina
da penha
e no complexo do alemão
Artur Gomes 
Poema d o livro Itabapoana Pedra Pássaro Poema
Litteralux – 2025
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caminho dos goytacazes
vou me embranhar por aí nas trilhas de Anchieta para ver se encontro goytacazes pelo Vale do Paraíba. Macunaíma vai na bagagem. Quando chegar em Taubaté, toamos uma uma pinga dobramos a esquerda e mergulhamos em Ubatuba e São Luis do Paraitinga. Não pense lady senhora que desviei do assunto, é que Tarcila Baudelérica das mata de piracicaba descobriu que Serafim Ponte Grande conheceu o bando das traquinagens, e sem nenhuma sagaranagem e sem demora, também se decidiu e vai junto.
Artur Kabrunco
Por Onde Andará Macunaíma?
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Mutações em Pré-Juízo
corri pelos fundos por cima dos muros
na minha escuridão vaguei proibido
quebrei a cruz levei o cristo
não via luz por causa disto
transpus a porta entrei tremulante
no chão enfestado de heróis e monumentos
descobri os portos recobri os ossos
revistei os corpos encontrei os mortos
um urubu me testemunha um outro louco me acompanha
o túmulo da minha alcunha e cúmulo se me apanham
debaixo dos girassóis de cara nesse lugar
nas trevas dos caracóis a luz fosca do luar
com a cruz que carreguei sem ninguém para impedir
a cruz santa que quebrei sem ninguém a proibir...
e o meu todo mente e sangue para mim desconhecidos
antepassado dom meu dono, me deu sono me deu medo
e então movido por instinto quebrei os olhos para o mar
cravei as patas  no silêncio recomecei a caminhar
quebrei a cruz levei o cristo que comigo se afastou
deixando só no meu deserto o velho pé de inspiração
passei a porta de retorno ao débil mundo que saíra
e vi por trás das minhas costas
os olhos grande que me espreitam
me cobrando do pecado me cobrindo de pesar
não me espreite dona morte a senhora vai cansar
quebrei a cruz levei o cristo
iluminei o chão/caminho
agora então por causa disto
um urubu me testemunha
um outro louco me acompanha
ao túmulo da minha alcunha
a cova da minha entranha
Artur Gomes
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A Biografia De Um Poeta Absurdo
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Balbúrdia PoÉtica
produção Cine.Vídeo
 hoje 25/10 - 2025
a partir das 12h
nas ruínas de Campos dos Goytacazes
Jura Secreta 13
o tecido do amor já esgarçamos
em quantos outubros nos gozamos
agora que palavro itaocaras
e persigo outras ilhas na carne crua d teu corpo
amanheço alfabetos grafitemas
quantas marés endoidecemos
e aramaico permaneço doido e lírico
em tudo mais que me negasse
flor de cactos flor de lótus flor de lírios
ou mesmo sexo sendo flor ou faca fosse
hilda hilst em tudo mais que me amasse
ardendo em nós flechas de fogo se existisse
salgado mar pulsando em nós
e olga risse por onde quer que eu te cantasse ou amavisse
Artur Gomes
poema do livro
Juras Secretas – 2018
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